Troca de técnicos por militares causa apreensão em meio a crise com milhares de mortes por coronavírus.
O Ministério da saúde tomado de assalto vira cabide de emprego de militares golpistas e despreparados. Eles buscam melhores salários e privilégios funcionais. Gordos orçamentos também são atrativos imprescindíveis, não para a realização de grandiosas obras no combate ao coronavírus, mas para a corrupção que não tardará vir à tona.
Muitos são oficiais de baixa patente, cooptados pela lógica miliciana do bolsonarismo. Ao aceitarem a cooptação, revelam que não têm compromisso, responsabilidade, nem experiência com a saúde pública. Ocupam cargos como quem se apossa de despojo de guerra. Em troca das benesses, juram fidelidade ao obscurantismo, à hierarquia e às ordens de seu capitão miliciano que extorquiu a presidência da República. Rompem conscientemente com a hierarquia das forças armadas e com os interesses da nação ao aderirem a um governo que ataca a ordem constitucional democrática.
Assim ocupam o Ministério da Saúde como quem ocupa barricadas para garantir que se cumpram as ordens de seu capitão. Afinal, o messias reafirma todos os dias seu propósito de fazer com que o caos e o colapso do SUS e da saúde pública brasileira, sejam suficientes para derrotar o inimigo. O inimigo, que no caso, é a saúde e a vida dos brasileiros – especialmente dos mais pobres.
Matéria referência extraída de https://www1.folha.uol.com.br/colunas/painel/2020/05/servidor-exonerado-por-teich-diz-que-ha-intervencao-fardada-e-que-nunca-viu-pessoas-tao-estranhas-a-saude-na-pasta-como-agora.shtml