Bolsonaro esperneou para não pagar, depois enrolou como podia a liberação do auxílio emergencial aprovado no Congresso, com valor de 600 reais proposto pela esquerda.
Nessa semana, ele vetará a ampliação dos beneficiários aprovada pelo Congresso para incluir os autônomos. Mas, como ele só pensa na sua própria reeleição, o sino tocou quando pesquisas mostraram que o auxílio está fortalecendo seu nome junto aos eleitores mais pobres. O problema é a política econômica radicalmente neoliberal, comandada por Guedes.
Acossado pelo desgaste crescente provocado por sua postura anti-isolamento social e pelo aumento exponencial do número de vítimas da pandemia, Bolsonaro procura desesperadamente um feito, uma boa noticia, uma varinha mágica capaz de evitar o desmoronamento de seu prestígio. Diante do cenário de recessão, desemprego, mortalidade e fome que se avizinham, isso é quase impossível.
Mas, se quiser ao menos tentar, Bolsonaro terá que romper com o Teto dos Gastos e flexibilizar o fundamentalismo neoliberal de Guedes, ou exonerá-lo do Ministério da Economia.
Referências extraídas de https://g1.globo.com/economia/blog/ana-flor/post/2020/05/12/tornar-auxilio-emergencial-permanente-custaria-r-30-bilhoes-por-ano-ao-governo.ghtml